Comparamos e comprovamos Prefeituras o litoral norte são bilionárias e ineficientes

Reportagem e texto Pitágoras Bom Pastor

As Prefeituras  do litoral norte dispõe de bilhões pra gastar por ano e no entanto, o mau uso do dinheiro público as torna ineficientes causando mortes e desabrigo de pessoas, como aconteceu no mês de fevereiro na região. Para comprovar essa tese que vimos defendendo desde o ano passado,  comparamos o orçamento delas com outras cidades e vejam que lamentável resultado.

Estranha e imotivadamente, vimos leitores nossos criticando a postura da Cancioneiro Caçara e  de convidados nossos, porque pioneiramente apontamos o dedo para dizer que as mortes ocorridas em São Sebastião não foram  causadas pelas  chuvas. A culpa foi sim  da ineficiência da gestão do prefeito da cidade sr. Felipe o Não Belo, já que tem um orçamento bilionário de 1,4 bilhões por ano, orçamento que implementado pelos Royalties da Petrobrás.

Sobre  o tema leia a opinião de Priscila Siqueira

 Vimos batendo nessa tecla desde de 2022, quando fizemos comparação entre os orçamentos de Caraguatatuba, de  São Sebastião e de Ilhabela, com a cidade do ex-prefeito Sérgio Menegueli  de Colatina. Na época comparamos o orçamento das prefeituras do ano de  2020 e comprovamos que enquanto Menegueli administrava bem sua cidade com R$ 386 milhões por ano, os os prefeitos das cidades do Litoral norte, com área menor e população geriam mal as suas cidades com quase R$ 1 bilhão de orçamento. Ou seja, com 3 vezes mais revursos faziam 3 vezes menos.

Vejam a tabela abaixo

Veja o orçamento de Caragua de 2020 aqui

Ora se a desde aquela época os prefeitos houvessem investido na construção de casas populares, e na preservação ambiental, como aliás é a contrapartida para o recebimento dos Royalties da Petrobrás, não haveria mortos nem desabrigados.

São José e Macapá com muito menos dinheiro são mais eficiente que cidades norte litorâneas

 Resolvemos, no entanto, realizar novos estudos comparativos de orçamento. Afinal, Colatina é uma cidade que não conhecemos. Fomos então comparar os orçamentos municipais do litoral norte com o orçamento da Prefeitura de São José dos Campos todos para o ano de 2023. Vejam o quadro

ORÇAMENTO DAS CIDADES DO LITORAL NORTE PARA 2023

COMPARAÇÃO ENTRE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS E A SOMA DAS  CIDADES DO LITORAL NORTE PARA  ORÇAMENTO DE 2023

 Opinião de quem entende

Todos que moram no litoral norte conhecem São José dos Campos e sabem que lá é uma cidade em que a Prefeitura funciona relativamente bem. Questionei sobre isso a  2 amigos meus, experts em São José, o jornalista Hélcio Costa e a Assistente Social aposentada da Prefeitura de São José dos Campos, Dorcas Nascimento di Salvo. Ambos foram unânimes em apontar que São José dos Campos tem tido administrações municipais minimamente eficientes. Mas nem precisaria perguntar, basta ir a São Jose e constatamos que a cidade é um eterno  canteiro de Obras.

Dorcas Nascimento Di Salvo que foi funcionária concursada da Prefeitura de São José, relata que  lá os serviços de saúde e assistência social funcionam muito bem. Ela que por exemplo trabalhou na desocupação da Favela do Pinheirinho diz que já não vê eficiência nenhuma na Prefeitura da cidade onde mora, Caraguatatuba onde falta de tudo.

Então fica a pergunta:  Por que   prefeito de São José dos Campos consegue ser eficiente e fazer uma boa administração com uma população 2 vezes maior que a do litoral norte e  bem menos recurso. Ou seja com 3 bilhões e 900 milhões ele administram bem a cidade que tem 729 mil habitantes. Enquanto os prefeitos da região com 4 bilhões e 750 milhões gerem mal a cidade, a ponto de deixar pessoas morando na área de risco, fato que causou a morte de 65 pessoas em São Sebastião e uma criança em Ubatuba?

MACAPA TEM 531 MIL HABITANTES E GASTA O MESMO QUE CARAGUATATUBA

Aprofundando os estudos, verificamos que a cidade do Macapá, capital do Amapá, tem uma área de 6536 km, portanto é 3 vezes maior que todo o litoral norte. Sua população é 522 mil habitantes, quase o dobro do LN. Lá o orçamento para 2023 é  de 1 bilhão e 400 milhões, ou seja o mesmo valor do orçamento de  Caraguatatuba e São Sebastião e um pouco mais que o de Ilhabela  que é de 1 bilhaõ e duzentos enoventa milhões

A OPINIÃO DA SOCIOLOGA THAYNÁ

Perguntamos à professora Thayná Cristina Brito de Oliveira,  socióloga natural de Macapá e que atualmente é moradora na cidade de Ubatuba,  (cidade que 660 milhões de orçamento), sobre como é administraçao pública em   Macapá. Ela não só respondeu como fez um artigo, indignada com o mau uso do dinheiro público na nossa região (leia aqui).

Em resumo ela disse que  ”

1- Em  Macapá  as UPA’s atendem moradores até  de cidades vizinhas,  como Santana, Porto Grande e Mazagão e, ainda, pacientes do Pará, das cidade de Afuá e Breves, ambas  da Ilha do Marajó-PA. Aqui em Ubatuba fui ao plantão noturno e não achei pediatra,

2- Em Macapá você tem até 3 pediatras no pronto atendimento. Lá a máquina pública funciona minimamente bem  com um orçamento menor, comparativamente quando considerados o contingente populacional do município de Macapá. Comparando o orçamento de Macapá com o orçamento das cidades do litoral norte de São Paulo  pode-se dizer que é pequeno.

O Povo precisa exigir explicações

Diante do estudo que fizemos e sobre o qual ainda  vamos nos aprofundar, ficou uma dúvida :

Das duas uma, ou os prefeito de Macapá. de São José dos Campos, de Colatina e da maioria das cidades do Brasil são mágicos e por isso conseguem ser minimamente eficientes na administração do dinheiro público, ou os prefeitos das cidades do litoral são no mínimo perdulários e ultra incompetentes na gestão dos nossos bilionários orçamentos.

Cabe ao povo perguntar isso a eles e aos seus parceiros vereadores, corresponsáveis pela gestão do dinheiro público. Está aí demonstrado sim: As chuvas não foram responsáveis pela mortandade  e pelos desabrigados no litoral norte, foi sim a má gestão dos recursos públicos. Ninguém morreu afogado na enxurrada. Os que morreram, foi porque estavam em áreas de risco por culpa dos prefeitos que, tendo recursos, principalmente dos royalties,não lhes deram casas seguras.

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Leia a opinião da economista Sofia Manzano